
[#3] FILTRAÇÃO GLOMERULAR: Como a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) pode ser alterada?
Este post é a transcrição da videoaula publicada em nosso canal do YouTube "[#3] FILTRAÇÃO GLOMERULAR: Como a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) pode ser alterada?".
TRANSCRIÇÕESSISTEMA RENAL
Mirian Kurauti
9/16/20246 min read
E aí pessoal, tudo bem com vocês?
Nesse vídeo, a gente vai continuar falando sobre a taxa de filtração glomerular ou TFG, mas dessa vez a gente vai tentar entender como a TFG pode ser alterada.
Bom, pra você que tá chegando agora e ainda não me conhece, eu sou Mirian Kurauti, professora, mestre, doutora, e criadora do canal MK Fisiologia, um canal que tem como principal objetivo descomplicar a fisiologia humana. Porque como eu sempre digo, fisiologia não precisa ser difícil. Então se você tá precisando entender de verdade a fisiologia, já se inscreve no canal e ative as notificações pra você não perder os próximos vídeos que a gente postar por aqui.
Mas agora, bora tentar entender como a TFG pode ser alterada?
No vídeo anterior, a gente viu que a TFG é determinada pelo coeficiente de filtração multiplicado pela pressão resultante de filtração que, lembre-se, é determinada pelas Forças de Starling (pressão hidrostática do capilar glomerular, menos a pressão hidrostática do espaço de Bowman, menos a pressão oncótica do capilar glomerular).
Assim, alterações do coeficiente de filtração ou de qualquer uma das Forças de Starling, podem alterar a TFG. Por exemplo, se o coeficiente de filtração aumentar, a TFG aumenta, mas se esse coeficiente diminuir, a TFG diminui.
Uma coisa importante que você precisa saber é que embora esse coeficiente de filtração glomerular, possa ser alterado em condições fisiológicas normais, as alterações mais significativas desse coeficiente acontecem principalmente em condições patológicas, como em algumas doenças reais que causam uma diminuição do número de glomérulos, ou seja, diminui a área de superfície disponível pra filtração glomerular, diminuindo assim o coeficiente de filtração que, como vimos no vídeo anterior, é determinado tanto pela permeabilidade quanto pela área de superfície dos capilares glomerulares.
-Mas e se a pressão hidrostática da cápsula de Bowman aumentar? O que será que acontece com a TFG?
Simples né. Como essa pressão se opõe a filtração glomerular, se ela aumentar, a TFG diminui, e se essa pressão diminuir, a TFG aumenta. Mas em condições fisiológicas normais essa pressão raramente se altera. Na verdade, a pressão hidrostática do espaço de Bowman só aumenta em condições patológicas como acontece quando cálculos renais, mas conhecidos como pedras nos rins, se formam, e podem bloquear ou entupir o ureter, ou seja, trava tudo, e o líquido filtrado não consegue ir pra bexiga e vai se acumulando no ureter, na pelve renal, e claro nos néfrons, aumentando a pressão hidrostática do espaço de Bowman, diminuindo assim a TFG.
E agora eu pergunto:
-E se a pressão oncótica do capilar glomerular aumentar? O que é que vai acontecer com a TFG?
Simples também né. Como essa pressão também se opõe a filtração glomerular, se ela aumentar, a TFG diminui, e se essa pressão diminuir, a TFG aumenta. E de novo, em condições fisiológicas normais a pressão oncótica do capilar glomerular que é determinada basicamente pela concentração de proteínas no plasma, não sofre alterações significativas.
Mas, por exemplo, se por algum motivo a concentração de proteínas plasmáticas aumentar, lembre-se que a pressão oncótica vai aumentar e a TFG pode diminuir. E se a concentração de proteínas plasmáticas diminuir, a pressão oncótica vai diminuir e a TFG pode aumentar.
Bom, então até aqui a gente viu de forma bem simples como o coeficiente de filtração, a pressão hidrostática do espaço de Bowman e a pressão oncótica do capilar glomerular podem alterar a TFG.
-Mas e se a pressão hidrostática do capilar glomerular aumentar ou diminuir? O que acontece com a TFG?
Bom, a pressão hidrostática do capilar é força que empurra o líquido através das barreiras de filtração, ou seja, favorece a filtração glomerular. Então se essa pressão aumentar, a TFG aumenta, e se ela diminuir, a TFG diminui.
Essa pressão pode ser alterada em condições patológicas, como por exemplo diante de uma queda da pressão arterial, ou hipotensão, que acaba diminuindo a pressão hidrostática do capilar glomerular e, consequentemente, a TFG. Porém, diferente dos outros determinantes da TFG, a variação da pressão hidrostática do capilar glomerular em condições fisiológicas normais, pode ser bastante significativa, ou seja, ela pode variar mesmo na ausência de qualquer problema no organismo, sendo assim uma variável muito, mas muito importante mesmo pra regular a TFG de acordo com as necessidades fisiológicas do organismo.
Por exemplo, se tiver muito líquido no organismo, eu preciso aumentar a taxa de filtração glomerular pra eliminar mais líquido, e pra isso eu posso aumentar a pressão hidrostática do capilar glomerular. Mas, se tiver faltando líquido no organismo, eu posso diminuir essa pressão hidrostática, pra diminui a taxa de filtração glomerular, e assim diminui a excreção de líquido do organismo.
-Tá professora, mas como exatamente eu faço isso? Como eu aumento ou diminuo a pressão hidrostática do capilar glomerular?
Essa pergunta a gente deixa pra responder no próximo vídeo, porque se não esse vídeo aqui vai ficar muito longo e cansativo, perigoso até você dormir. Então aproveita pra fazer um intervalo aí, e ativar as notificações, pra você não perder o próximo vídeo aqui do canal!
Bom, mas então resumindo rapidinho o que a gente viu nesse vídeo, lembre-se que:
Pra você saber como a TFG pode ser alterada, basta você pegar essa equação com os determinantes da TFG.
O coeficiente de filtração e a pressão hidrostática do capilar são diretamente proporcionais a TFG, quanto maior o coeficiente de filtração e a pressão hidrostática do capilar glomerular, maior será a TFG.
Já a pressão hidrostática do espaço de Bowman e a pressão oncótica do capilar glomerular são inversamente proporcionais a TFG, quanto maior a pressão hidrostática do espaço de Bowman e a pressão oncótica do capilar glomerular, menor será a TFG.
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Bom, a gente vai ficando por aqui, e qualquer dúvida, pode deixar aí nos comentários que a gente tenta responder, beleza? A gente se vê num próximo vídeo, abraço!


Sobre a autora
Mirian Ayumi Kurauti é apaixonada pela fisiologia humana, com uma trajetória acadêmica admirável. Ela se formou em Biomedicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), fez mestrado e doutorado em Biologia Funcional e Molecular com ênfase em Fisiologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e ainda atuou como pesquisadora de pós-doutorado na mesma instituição. Além disso, já lecionou fisiologia humana na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e biologia celular na UEL. A sua última experiência como professora de fisiologia humana foi na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Fundadora da MK Educação Digital Ltda (MK Fisiologia), atualmente, Mirian é a mente criativa por trás de todos os conteúdos publicados nas redes sociais da empresa.
Apaixonada pela docência, Mirian adora dar aulas de fisiologia humana, mas de um jeito mais descontraído e se diverte muito ensinando. Ela está sempre buscando aprender algo novo não só sobre fisiologia, mas sobre qualquer coisa sobre a vida, o universo e tudo mais. Por isso, é uma consumidora compulsiva de conteúdos de divulgadores científicos. Nas horas vagas, você pode encontrá-la na piscina, treinando e participando de competições de natação. Para Mirian, a vida só tem graça, se ela tiver desafios a serem superados. Hoje, o seu maior desafio é ajudar o maior número de estudantes a entender de verdade a fisiologia humana, principalmente através de suas videoaulas publicadas no canal do YouTube MK Fisiologia.



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