Tá estudando a fisiologia do sistema renal e ainda não entendeu o que é fração de filtração? Então fica nesse vídeo pra entender de vez o que é fração de filtração.

E aí pessoal, tudo bem com vocês?

Pra quem tá chegando agora, eu sou Mirian Kurauti, professora, mestre, doutora, e criadora do canal MK Fisiologia, um canal que tem como principal objetivo descomplicar a fisiologia humana. Porque como eu sempre digo, fisiologia não precisa ser difícil. Então se você tá precisando entender de verdade a fisiologia, já se inscreve no canal e ative as notificações pra você não perder os próximos vídeos que a gente postar por aqui.

Mas agora, sem perder muito tempo, bora entender o que é fração de filtração?

Pra facilitar, vamos usar um exemplo. Imagine que dentro de um minuto, 625 ml de plasma chega nos capilares glomerulares pelas arteríolas aferentes lá nos rins.

Desse total de plasma que chega lá nos rins dentro de 1 minuto, 125 ml de plasma é filtrado, ou seja, 125 ml de plasma deixa os capilares glomerulares em direção às cápsulas de Bowman dos néfrons, dentro de um minuto.

Essa é a taxa de filtração glomerular ou TFG que a gente já discutiu nos vídeos anteriores, e como vimos, em condições fisiológicas normais, ela fica em torno de 125 ml de plasma sendo filtrados por minuto, o que equivale a 180 litros de plasma sendo filtrados por dia.

Agora, se você parar pra pensar, esses 125 ml de plasma é apenas uma parte de todo plasma que chegou nos capilares glomerulares dentro de 1 minuto, ou seja, é apenas uma fração de todo plasma que chegou dentro desse intervalo de tempo.

Pra calcular essa fração do plasma que foi filtrado, é só fazer uma "regrinha de três".

Se 625 ml é 100% de todo plasma que chega lá nos rins dentro de um minuto, os 125 ml de plasma filtrados seria quantos porcento desses 625 ml?

Bom, resolvendo a "regrinha de três", x é igual a 125 multiplicado por 100, dividido por 625.

Fazendo as contas aqui de cabeça, o resultado dessa conta vai dar 20, ou seja, os 125 ml de plasma filtrados por minuto representa 20% de todo o plasma que chega lá nos capilares glomerulares.

Essa é a fração de filtração glomerular, ou seja, em condições fisiológicas normais, cerca de 20% de todo o plasma que passa pelos rins são filtrados nos glomérulos.

Nos livros de fisiologia, você não vai encontrar a regrinha de três pra calcular a fração de filtração, mas você vai encontrar uma simplificação dessa regrinha que a gente fez aqui.

Você vai ver que é só pegar a TFG e dividir pelo total de plasma que passa pelos rins por minuto, que na verdade, a gente chama de fluxo plasmático renal ou FPR.

E fazendo as contas aqui de cabeça novamente, você vai ter uma fração de filtração igual a 0,2 que multiplicado por 100, é igual a 20, ou melhor, 20%. Simples né?!

Bom, espero que tenha ficado claro que a fração de filtração glomerular é a fração, ou a parte do plasma que chega nos capilares glomerulares, e que é filtrado nesses capilares. Essa fração pode ser obtida se você souber a TFG e o fluxo plasmático renal.

Mas a pergunta agora é:

-Como a gente faz pra medir a TFG e o fluxo plasmático renal?

A resposta pra essa pergunta vai envolver um conceito muito importante dentro da fisiologia do sistema renal, a depuração renal ou clearance renal, que a gente vai falar nos próximos vídeos. Então, não perca!

E aí gostou do vídeo? Se gostou, comenta aí embaixo e compartilha com aquele seu amigo que também tá precisando estudar esse conteúdo.

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Bom, a gente vai ficando por aqui, qualquer dúvida, pode deixar aí nos comentários que a gente tenta responder, beleza? A gente se vê num próximo vídeo, abraço!

Sobre a autora

Mirian Ayumi Kurauti é apaixonada pela fisiologia humana, com uma trajetória acadêmica admirável. Ela se formou em Biomedicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), fez mestrado e doutorado em Biologia Funcional e Molecular com ênfase em Fisiologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e ainda atuou como pesquisadora de pós-doutorado na mesma instituição. Além disso, já lecionou fisiologia humana na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e biologia celular na UEL. A sua última experiência como professora de fisiologia humana foi na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Fundadora da MK Educação Digital Ltda (MK Fisiologia), atualmente, Mirian é a mente criativa por trás de todos os conteúdos publicados nas redes sociais da empresa.

Apaixonada pela docência, Mirian adora dar aulas de fisiologia humana, mas de um jeito mais descontraído e se diverte muito ensinando. Ela está sempre buscando aprender algo novo não só sobre fisiologia, mas sobre qualquer coisa sobre a vida, o universo e tudo mais. Por isso, é uma consumidora compulsiva de conteúdos de divulgadores científicos. Nas horas vagas, você pode encontrá-la na piscina, treinando e participando de competições de natação. Para Mirian, a vida só tem graça, se ela tiver desafios a serem superados. Hoje, o seu maior desafio é ajudar o maior número de estudantes a entender de verdade a fisiologia humana, principalmente através de suas videoaulas publicadas no canal do YouTube MK Fisiologia.