
[#6] MECÂNICA RESPIRATÓRIA: COMPLACÊNCIA DA PAREDE TORÁCICA
Este post é a transcrição da videoaula publicada em nosso canal do YouTube "[#6] MECÂNICA RESPIRATÓRIA: COMPLACÊNCIA DA PAREDE TORÁCICA".
TRANSCRIÇÕESSISTEMA RESPIRATÓRIO
Mirian Kurauti
10/28/20244 min read
E aí pessoal, tudo bem com vocês?
Nesse vídeo, a gente vai continuar falando sobre mecânica respiratória, mas dessa vez a gente vai falar sobre a complacência da parede torácica.
Bom, pra você que tá chegando agora e ainda não me conhece, eu sou Mirian Kurauti aqui do canal MK Fisiologia, um canal que tem como principal objetivo descomplicar a fisiologia humana. Porque, como eu sempre digo, fisiologia não precisa ser difícil. Então, se você tá precisando entender a fisiologia humana, já se inscreve no canal e ative as notificações pra você não perder os próximos vídeos que a gente postar por aqui.
Sem mais delongas, bora falar sobre a complacência da parece torácica?
Nos vídeos anteriores, a gente falou bastante sobre a complacência pulmonar a qual é determinada pela elastância, isto é, pela retração elástica dos pulmões.
Mas, assim como os pulmões, a parede torácica também é elástica e isso pode ser percebido no pneumotórax, pois enquanto o pulmão se retrai, causando o seu colapso, a parede torácica se expande. Isso significa que o pulmão é tracionado pra dentro e a parede torácica é tracionada pra fora.
Durante o repouso, isto é, ao final de uma expiração, quando não estamos nem expirando e nem inspirando, as trações opostas do pulmão e da parede torácica estão em equilíbrio e não há nem retração do pulmão e nem expansão da parede torácica.
Assim como é possível obter a curva pressão-volume do pulmão, como vimos em um vídeo anterior, também é possível obter a curva pressão-volume da parede torácica, e a soma dessas duas curvas, a curva pressão-volume do sistema, isto é, a soma das curvas pressão-volume do pulmão e da parede torácica, como podemos observar nesse gráfico.
Analisando a curva pressão-volume do pulmão, observe que no intervalo de 0 a 100 % da capacidade vital, a pressão transmural do pulmão é maior que zero, ou seja, é positiva, indicando que o pulmão, em qualquer volume, sempre tende a se retrair.
Porém, analisando a curva pressão-volume da parede torácica, observe que no intervalo de 0 a 50 % da capacidade vital, a pressão transmural da parede torácica é menor que zero, ou seja, é negativa, indicando que a parede torácica até esse volume, tende a se expandir.
Porém, em volumes maiores que 50 % da capacidade vital, a pressão transmural da parede torácica se torna positiva, e a parede torácica tende a se retrair, assim como os pulmões.
Agora, analisando a curva pressão-volume do sistema, no volume que representa a capacidade residual funcional, isto é, o volume de ar que sobra no pulmão após uma expiração tranquila, ou seja, 30 a 40 % da capacidade vital, a pressão transmural do sistema é igual a zero, ou seja, a pressão transmural do pulmão e da parede torácica se anulam e o sistema encontra-se em repouso.
Para retrair ou expandir o sistema a partir desse ponto, músculos expiratórios ou inspiratórios deverão ser contraídos.
Concluindo, lembre-se que embora a análise isolada da complacência pulmonar e da parede torácica seja importante, é preciso saber que o pulmão e a parede torácica funcionam como uma unidade, e quando ambos se separam, como acontece no pneumotórax por exemplo, a ventilação pulmonar não ocorre.
Porém, precisamos sempre lembrar que a complacência do sistema pode ser alterada tanto por alteração da complacência pulmonar, como também por alteração da complacência da parede torácica, como acontece na obesidade por exemplo. Daí a importância de se estudar a complacência dessas estruturas de forma individual.
Bom, espero que esse vídeo tenha te ajudado de alguma forma.
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Qualquer dúvida, pode deixar aí nos comentários que a gente tenta responder, beleza? A gente se vê num próximo vídeo, abraço!


Sobre a autora
Mirian Ayumi Kurauti é apaixonada pela fisiologia humana, com uma trajetória acadêmica admirável. Ela se formou em Biomedicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), fez mestrado e doutorado em Biologia Funcional e Molecular com ênfase em Fisiologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e ainda atuou como pesquisadora de pós-doutorado na mesma instituição. Além disso, já lecionou fisiologia humana na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e biologia celular na UEL. A sua última experiência como professora de fisiologia humana foi na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Fundadora da MK Educação Digital Ltda (MK Fisiologia), atualmente, Mirian é a mente criativa por trás de todos os conteúdos publicados nas redes sociais da empresa.
Apaixonada pela docência, Mirian adora dar aulas de fisiologia humana, mas de um jeito mais descontraído e se diverte muito ensinando. Ela está sempre buscando aprender algo novo não só sobre fisiologia, mas sobre qualquer coisa sobre a vida, o universo e tudo mais. Por isso, é uma consumidora compulsiva de conteúdos de divulgadores científicos. Nas horas vagas, você pode encontrá-la na piscina, treinando e participando de competições de natação. Para Mirian, a vida só tem graça, se ela tiver desafios a serem superados. Hoje, o seu maior desafio é ajudar o maior número de estudantes a entender de verdade a fisiologia humana, principalmente através de suas videoaulas publicadas no canal do YouTube MK Fisiologia.



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