
[#3] INTRODUÇÃO SISTEMA ENDÓCRINO: TIPOS DE DISTÚBIOS ENDÓCRINOS
Este post é a transcrição da videoaula publicada em nosso canal do YouTube "[#3] INTRODUÇÃO SISTEMA ENDÓCRINO: TIPOS DE DISTÚBIOS ENDÓCRINOS".
TRANSCRIÇÕESSISTEMA ENDÓCRINO
Mirian Kurauti
11/22/20246 min read
Sempre que a gente estuda a fisiologia do sistema endócrino, a gente acaba falando de alguns distúrbios endócrinos. Mas você sabe o que são distúrbios endócrinos? Quais os principais tipos de distúrbios endócrinos? Não? Então fica nesse vídeo se você quiser saber mais sobre os distúrbios endócrinos e os seus principais tipos.
E aí pessoal, tudo bem com vocês?
Pra quem tá chegando agora e ainda não me conhece, eu sou Mirian Kurauti, criadora do canal MK Fisiologia, um canal que tem como principal objetivo descomplicar a fisiologia humana. Então se você tá precisando entender de verdade a fisiologia, já se inscreve no canal e ative as notificações pra você não perder os próximos vídeos que a gente postar por aqui.
Agora bora falar sobre os distúrbios endócrinos?
Indo direto ao que interessa, distúrbios endócrinos ou disfunções endócrinas nada mais são do que doenças endócrinas, isto é, doenças causadas pelo mal funcionamento de um determinado hormônio. E esse mal funcionamento pode ocorrer devido a uma hipofunção hormonal, ou seja, uma diminuição da função de um determinado hormônio, ou devido a uma hiperfunão hormonal, ou seja, um aumento da função de um determinado hormônio.
Lembre-se que tudo em excesso ou falta faz mal pro organismo. Por isso excesso ou falta do funcionamento de um determinado hormônio, pode causar uma doença endócrina.
Agora pra saber o que pode causar uma hipofunção ou hiperfunção de um determinado hormônio, a gente precisa parar e pensar: o que é que eu preciso pra ter um determinado hormônio funcionando adequadamente no organismo?
Bom, eu preciso ter o hormônio sendo secretado adequadamente, e eu preciso ter as células-alvo respondendo adequadamente a esse hormônio. Dessa forma, se a secreção do hormônio é predicada, ou se a resposta da célula-alvo é prejudicada por algum motivo, a gente vai ter um prejuízo no funcionamento do hormônio, ou seja, a gente vai ter uma hipofunção hormonal. E se a secreção do hormônio é exagerada, ou se a resposta da célula-alvo é exagerada por algum motivo, a gente vai ter um funcionamento exagerado do hormônio, ou seja, a gente vai ter uma hiperfunção hormonal.
Por isso de forma resumida, a hipofunção pode ser causada por uma hipossecreção ou hiporresponsividade hormonal, e a hiperfunção pode ser causada por uma hipersecreção ou hiper-responsividade hormonal.
Então bora falar sobre cada um desses tipos de distúrbios endócrinos?
Na hipossecreção hormonal, o hormônio não é secretado adequadamente, diminuindo a concentração desse hormônio na circulação sanguínea. Com pouco hormônio, é óbvio que o funcionamento desse hormônio vai ser prejudicado, gerando sintomas de deficiência hormonal.
Por exemplo, no diabetes mellitus tipo 1, as células secretoras do hormônio insulina lá no pâncreas, são destruídas. Sem as células que secretam insulina, não tem insulina. E aí, sabendo que a principal ação da insulina é diminuir a glicemia, isto é, a concentração de glicose no sangue, adivinha qual é o principal sintoma dessa doença? Aumento da glicemia, é claro.
Já no diabetes mellitus tipo 2, o problema é outro. Nessa doença as células-alvo do hormônio insulina não conseguem responder ao hormônio, e isso pode acontece por exemplo, por um defeito no receptor da insulina ou em alguma outra proteína da via de sinalização da insulina, necessária pra gerar a resposta hormonal nas células-alvo.
Nesse caso, se o hormônio não consegue agir nas células-alvo, sintomas de deficiência hormonal também vão aparecer, ou seja, como também se trata de uma deficiência do hormônio insulina, também é observado um aumento da glicemia no diabetes mellitus tipo 2.
Esse é um típico exemplo de hiporresponsividade hormonal, que a gente também pode chamar de resistência ao hormônio, porque é isso que acontece, as células-alvo são resistentes as ações do hormônio, ou seja, por algum motivo o hormônio não consegue agir, ou seja, as células-alvo são resistentes ao hormônio. No caso do diabetes mellitus tipo 2, as células-alvo são resistentes à insulina, e isso gera uma diminuição da resposta hormonal e, consequentemente, sintomas de deficiência hormonal.
Agora na hipersecreção hormonal, o hormônio é secretado exageradamente, aumentando a concentração desse hormônio na circulação sanguínea. Com muito hormônio, é óbvio que o funcionamento desse hormônio vai ser exagerado, gerando sintomas de excesso hormonal.
Por exemplo, alguns casos de hipertiroidismo, tem como causa um adenoma da tireoide, isto é, um tumor benigno da glândula tireoide, que acaba aumentando o número de células secretoras dos hormônios tireoidianos, o que consequentemente aumenta a secreção e a concentração desses hormônios na circulação sanguínea, gerando sintomas de excesso hormonal.
Sabendo que entre as principais ações dos hormônios tireoidianos estão o aumento do gasto de energia e o aumento da produção de calor, adivinha quais são os principais sintomas dessa doença?
Perda de peso e calor excessivo, é claro.
Uma outra ação dos hormônios tireoidianos muito interessante é o aumento do número de receptores adrenérgicos, principalmente na membrana das células do coração ou células cardíacas, isto é, aumenta-se o número de receptores para o hormônio adrenalina. Nesse caso, como o excesso de hormônio tireoidianos aumenta a repostas das células cardíacas a um outro hormônio, no caso a adrenalina secretada pelas glândulas que ficam em cima dos rins, as suprarrenais, também chamadas de adrenais, dizemos que o excesso de hormônios tireoidianos pode aumentar a responsividade das células cardíacas à adrenalina, ou seja, causa uma hiper-responsividade à adrenalina, causando assim uma hiperfunção desse hormônio no coração.
Como uma das principais ações da adrenalina é aumentar a frequência cardíaca, adivinha qual seria um sintoma causado por essa hiperfunção da adrenalina no coração?
Aumentar a frequência cardíaca, causando palpitações no coração, um sintoma do hipertireoidismo também.
Perceba então que todos os distúrbios endócrinos nada mais são do que uma hipofunção ou uma hiperfunção de um ou mais hormônios. Se for uma hipofunção, geralmente ela vai ser causada ou por uma hipossecreção ou por uma hiporresposividade hormonal. E se for uma hiperfunção, geralmente ela vai ser causada ou por uma hipersecreção ou por uma hiper-resposiviade hormonal. E pra saber os principais sintomas de qualquer distúrbio endócrino, você só precisa conhecer as principais ações fisiológicas do hormônio que está em falta ou em excesso.
Nos próximos vídeos dessa playlist que eu vou deixar aqui no card e na descrição do vídeo, a gente fala sobre todo o mecanismo de ação dos principais hormônios secretados pelas glândulas endócrinas. Estude esses mecanismos que vai ficar muito mais fácil de entender os distúrbios endócrinos que você precisar estudar depois. Fica a dica.
E aí, gostou do vídeo? Se gostou não esquece de curtir e compartilhar com aquele seu amigo que também tá precisando estudar esse conteúdo. E se você já me acompanha por aqui já sabe que você pode se tornar membro do canal e ter benefícios exclusivos, mas talvez o que você não sabe é que agora a gente tem um site onde você pode adquirir os nossos slides pra você fazer as suas anotações enquanto assiste as videoaulas. Vai lá dar uma olhada nos slides que já estão disponíveis e também nos e-books com questões comentadas pra você arrasar na fisiologia. Vou deixar o link do nosso site aqui na descrição do vídeo.
Bom, a gente vai ficando por aqui. Qualquer dúvida pode deixar aí nos comentários que a gente tenta responder, beleza? A gente se vê num próximo vídeo. Abraço!


Sobre a autora
Mirian Ayumi Kurauti é apaixonada pela fisiologia humana, com uma trajetória acadêmica admirável. Ela se formou em Biomedicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), fez mestrado e doutorado em Biologia Funcional e Molecular com ênfase em Fisiologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e ainda atuou como pesquisadora de pós-doutorado na mesma instituição. Além disso, já lecionou fisiologia humana na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e biologia celular na UEL. A sua última experiência como professora de fisiologia humana foi na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Fundadora da MK Educação Digital Ltda (MK Fisiologia), atualmente, Mirian é a mente criativa por trás de todos os conteúdos publicados nas redes sociais da empresa.
Apaixonada pela docência, Mirian adora dar aulas de fisiologia humana, mas de um jeito mais descontraído e se diverte muito ensinando. Ela está sempre buscando aprender algo novo não só sobre fisiologia, mas sobre qualquer coisa sobre a vida, o universo e tudo mais. Por isso, é uma consumidora compulsiva de conteúdos de divulgadores científicos. Nas horas vagas, você pode encontrá-la na piscina, treinando e participando de competições de natação. Para Mirian, a vida só tem graça, se ela tiver desafios a serem superados. Hoje, o seu maior desafio é ajudar o maior número de estudantes a entender de verdade a fisiologia humana, principalmente através de suas videoaulas publicadas no canal do YouTube MK Fisiologia.



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